quinta-feira, 17 de março de 2011

Totonho Villeroy

"Deixa essa chama queimar
 Mesmo não sendo imortal
 Que seja eterna
 Durante mais um carnaval"

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Viagem de Mulato

Pelos paralelepípedos da velha cidade se arrasta o sangue cansado dos pés do mulato suado que se desprende da vida com o batuque do buque nas águas do mar da sua terra salgada.
É só o batuque do mutuque que desconcentra o mulato do suor pesado do real salgado.
É do sal que tem medo o mulato safado, que dói a ferida, que desgasta o eirado ,que nem desce o farro na garganta, de tanto que dói o mal abençoado.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ssh!

Venho escrevendo com maior frequência quando sento no balanço da minha rede, aqui me sinto em silêncio.Um refúgio que quase instantâneo.Não estou livre do barulho.Mas, na verdade, é aqui que me concentro nele.
Todo barulho tem sua beleza, no fundo de cada som se esconde um silêncio que nos toca de diferentes formas.O desequilibrar do som criando suas sinuosas curvas mal administradas forma beleza inigualável.Ouvir é incrível,mas a beleza do ouvir só existe quando se percebe o silêncio.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Não me julgo capaz de entender a simplicidade humana, nem ao menos amar e ser amada.
Mas me vejo capaz de ser louca e doentia, feia e despretensiosa ,sem saber julgar os atos alheios.
Me vejo capaz de entender muito da loucura e pouco da beleza.

domingo, 14 de novembro de 2010

O jovem velho

Olhe a janela e veja seu reflexo, aquela cara não mais se transforma, os olhos sempre indicarão a consciência jovem no corpo cada vez mais putrefado .
Que se vê,há falta a maturidade neles, percebe?
Afinal os negócios humanos são um tanto complexos e a mente sempre se deixa, um dia, para as futilidades e finalmente se fixa, e neste negócio se mantém.
Veja seu reflexo, esses olhos indicam algo que você nunca mais conseguirá ser, e que, errante,nunca foi de verdade. 

domingo, 17 de outubro de 2010

O cheiro da infância



"...Mesmo quando a gente cresce
Fatos de criança não desaparecem
O lugar, a casa, a rua
Uma telha nua sem ninguem por lá

Lá, em cima do telhado
Meu sonho encantado
Era pertinho do céu

E, se todos lá embaixo
Pensassem assim tão alto
Vinham brincar aqui
Comigo no telhado..."


Ah, esse cheiro.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Diaadia

É todo dia o dia do primeiro dia
dia de entrar e olhar, procurar e sentar
pensar, falar.
É dia de entrar na sala da aula da vida,
dessa coisa que é viver.